sexta-feira, 14 de maio de 2021

Participação internacional de nossa congregação

 Salve Maria a todos!

Hoje (15/05/2021) o presidente de nossa Congregação Mariana participou do programa de rádio "The Sodality of Our Lady Radio Hour". É um programa transmitido pela afiliada da Radio Maria na Irlanda. 

"Sodality of Our Lady" em inglês traduz-se por Congregação Mariana. Na Irlanda, os congregados são bem menos do que no Brasil. Contudo, as atividades realizadas pelos congregados de ambos os países são muito semelhantes, e inclusive também usam a fita azul com a medalha.

Abaixo segue a transcrição de um resumo histórico das Congregações Marianas no Brasil, que foi apresentado em inglês no programa. Quem quiser acompanhar a programação, é só acessar o link apresentado na figura abaixo.

Segue então o texto:

"Bem, as Congregações Marianas estão longe de terem desaparecido, Thomas. Hoje, somos no Brasil vários milhares. Estimamos que sejamos em torno de oito mil congregados. Somente em nosso estado, São Paulo, já fomos mais do que o triplo disso na primeira metade do século XX, de acordo com um anuário de 1936 que consultei. 

E já que estamos falando do passado, gostaria de fazer um resumo bem curto de nossa história. Isto será útil para responder à sua outra pergunta, a respeito das Federações Marianas e do seu órgão superior, a Confederação Mariana do Brasil.

O Brasil é um país da América do Sul, onde a maior parte dos países fala a língua espanhola. Contudo, nós Brasileiros falamos o português, já que fomos descobertos por Portugal, no ano de 1500. Naquela época, o país, que ainda era colônia, foi batizado de Terra da Santa Cruz pelos católicos portugueses. 

53 anos depois, chegava um jesuíta em nossas terras, canonizado recentemente: José de Anchieta. Foi este santo jesuíta quem fundou a primeira congregação Mariana do Brasil, no estado da Bahia, em 1583.

Quase dois séculos depois, uma grande crise abala a ordem dos jesuítas, também envolvendo Portugal. O resultado foi o início da deportação dos jesuítas do Brasil a partir de 1758. Mais tarde, em 1773, o Papa Clemente XIV extingue a ordem dos jesuítas.  Neste momento, a direção de todas as congregações passa dos jesuítas para o clero secular e outros religiosos. A seleção dos fiéis congregados passa a ser menos rigorosa, o que leva a um grande crescimento do número de congregações.

Em 1814, o Papa Pio VII restaura a ordem dos jesuítas. As congregações marianas passaram a poder novamente ser agregadas à Prima Primária em 1824, mas isso só aconteceu realmente no Brasil a partir de 1870. Foi então que as congregações tiveram um novo impulso, sendo criada a primeira Federação Estadual em São Paulo, em 1927. Um pouco antes, em 1909, é criada a revista “Estrela do Mar” (Stella Maris), órgão oficial dos congregados, que é publicada até hoje.

Durante o período de 1930 a 1935, expande-se o movimento federativo. O Brasil se coloca à frente no mundo em relação ao número de congregações masculinas. Em 1937, é fundada a Confederação Nacional das Congregações Marianas. Em 1953, nasce a Federação Mundial.

Segundo um manual do congregado mariano de 1957, em 1955 o número de congregados marianos em todo o mundo era de aproximadamente 8 milhões, distribuídos por 115 países dos 5 continentes.

Apesar deste números impressionantes, a segunda metade do século XX reservava uma mudança com poder de criar um grande impacto para as congregações. Em 1967, após o Concílio Vaticano II, a concepção das congregações marianas é modificada a partir dos novos princípios gerais, e até mesmo a denominação é alterada para comunidades de vida cristã (CVX). Estes princípios são aceitos no Brasil em 1970, mantendo-se, contudo, a mesma denominação. 

Os dois grupos – CVX e congregação mariana – passaram a coexistir no país. Tal situação levou os congregados, em 1991, a redigir e aprovar um novo estatuto, tornando as congregações em associações religiosas autônomas de leigos. Mantinha-se, assim, toda a tradição já existente.  Por sua vez, a Confederação Nacional emitiu em 1992 a respectiva Regra de vida.

Hoje somamos quase 70 federações em nosso país. A nossa congregação faz parte da Federação de nossa própria Diocese. Para contar a nossa história, precisamos voltar ao ano de 2009, quando a primeira Missa em latim (formalmente conhecida como Forma Extraordinária do Rito Romano) foi celebrada em nossa diocese. Isto se explica pelo fato de ser uma diocese jovem, fundada após o Concilio Vaticano II.

Em torno desta Missa juntaram-se muitos fiéis. Quatro anos depois desta primeira Santa Missa, em 2013, alguns destes fiéis se juntaram para fundar a nossa Congregação Mariana de Nossa Senhora Auxiliadora e São José. Fazendo um paralelo ao Missal de 1962 que é usado por nosso querido Padre diretor José Henrique do Carmo, usamos também um manual do congregado cuja edição é de 1948. Seguimos e mantemos, assim, todo o modo de vida do congregado mariano, inclusive a fita azul com a medalha de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Além da congregação, formou-se também a Associação Sursum Corda de fiéis leigos, com o objetivo de propiciar apoio material a padres e seminaristas que estejam associados à Missa em latim. E ela também que nos amparará na construção de uma igreja com uma capacidade adequada para a comunidade que não para de crescer. Sob a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora e pedindo as graças a seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, queremos todos alcançar o céu. Esta é a nossa história. Salve Maria! "



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