"Quando Deus se pronuncia para nós, a sua palavra é uma graça; nós somos a terra que acolhe a semente. Agora, nós podemos dizer: eu sou um desses que pertence ao reino de Deus? Quero crer que sim, porque fomos batizados, fomos redimidos pelo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Resta então saber, já que a nós nos foi dada a graça de poder entender esta parábola, perguntando em nossa própria consciência: afinal, que tipo de terra eu sou? Quantas graças eu já recebi na minha vida? Certamente, ninguém conseguiria contar todas as graças que já recebeu de Deus. Algumas graças mais evidentes sim, mais fortes, que a gente pode até perceber, mas será que foram só estas as graças que recebemos? E qual foi a minha reação diante da graça? Qual é a diferença entre a semente que foi jogada na terra dura, e a semente foi jogada na pedra, e a semente que caiu entre os espinhos, e a semente que caiu em terra fértil? Nenhuma, porque todas são graças de Deus. Dizer que a graça que Deus nos dá não é suficiente é blasfemar. Falar assim é como um homem que xinga a Deus, porque se está dizendo que Deus não tem capacidade de dar o que realmente precisamos, e portanto não é Deus. Assim, o problema não está na semente, mas na terra.”
Homilia do dia 07/fevereiro/2021, proferida pelo Pe. José Henrique do Carmo (link do vídeo no Youtube na própria publicação abaixo).
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