domingo, 12 de outubro de 2025

Consagração a N. Sra. Aparecida

 


Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil. 

Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte. Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Formação sobre a Regra de Vida - Finalidades da Congregação Mariana

 


REGRA DE VIDA

C) Finalidades

11. As Congregações Marianas propõem a seus membros:
a) A busca permanente da santidade pessoal pelo crescimento da vida cristã, no seguimento de Jesus  Cristo, através de uma "ardentíssima devoção, reverência e amor filial à Virgem Maria e, por esta  devoção e pelo patrocínio de tão boa Mãe, ser bons cristãos e santificar-se" (RC, 1).

b) A santificação pessoal no próprio estado de vida, respeitando a "índole secular própria e peculiar dos  Fiéis leigos" (LG, 31; CL, 1'5), de modo que cada um procure "santificar-se em seu estado e, quanto a  posição social lhe permitir, salvar e santificar os outros" (RC, 1).

c) A comunhão sólida e convicta com a Igreja Hierárquica, através de uma "fervorosa e incondicional adesão à Santa Sé Apostólica, Cabeça e Fundamento de toda Hierarquia Eclesiástica, mas também pela humilde e dócil submissão às ordens e conselhos dos Bispos locais" (BS. 10), sem esquecer seus direitos (CDC, c.212 §2° e 3°).

d) A profissão e o testemunho público da fé católica, "acolhendo e proclamando a verdade sobre Cristo, a Igreja e sobre o homem, em obediência ao Magistério da Igreja que autenticamente a interpreta" (CL,30).

e) O trabalho apostólico, plenamente inserido na pastoral das Igrejas locais e de acordo com as orientações de seus Pastores, visando sobretudo à "evangelização e santificação dos homens e a formação cristã de suas consciências, de modo a procurar permear de espírito evangélico os vários meios sociais e ambientes" (AA, 20; CL, 30).

f) A presença na sociedade humana, de modo que a vida social e profissional do Congregado Mariano, à luz da Doutrina Social da Igreja, esteja a serviço da dignidade integral da pessoa humana e de uma sociedade justa e fraterna (CL, 30 e 37).

12. Para o cumprimento destas finalidades, é necessário ao Congregado Mariano:

a) Uma vida de piedade pessoal e comunitária, caracterizada:
1) Pela oração diária, a meditação, o exame de consciência e pela reza do Terço de Nossa Senhora (BS, 4), de acordo com o Devocionário próprio das Congregações Marianas;

2) A frequência ao Sacramento da Penitência e a participação diária ou, ao menos semanal, na Santa Missa e na Comunhão Eucarística (BS, 4).
3) A prática anual do Retiro Espiritual segundo o método proposto pelos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola (BS, 4);
4) A prática da direção espiritual sob a orientação de um confessor, quanto possível, estável (BS,4; RC, 36).

b) O crescimento no conhecimento da fé católica (CL, 60):
1) Pelo estudo permanente e criterioso da Sagrada Escritura e do ensinamento dogmático e moral da Santa Igreja;
2) Pelo interesse em conhecer os documentos do Magistério Eclesiástico, em especial, a Doutrina Social da Igreja.

c) "Tomar a cargo, como coisa própria sua e de acordo com sua condição de vida, todas as obras apostólicas recomendadas pela Santa Igreja, tendo como guias os Pastores, e isso não só individual como coletivamente" (BS, 7; Ver também CL, 33), em especial
1) O apostolado no meio familiar (CL, 40), social e profissional em que cada um vive;
2) A presença cristã nos meios de comunicação social, na vida política, na educação, nos ambientes mais marginalizados da sociedade (BS, 8; CL, 42 e 44);
3) A colaboração fraterna e generosa com outras Associações e Movimentos leigos de apostolado (BS, 9).

d) A atenção permanente em sentir com a Igreja, "conformando perfeitamente sua fé e seus costumes com o que ensina a Santa Igreja Católica, louvando o que Ela louva e reprovando o que Ela reprova, sentindo como Ela sente em todas as coisas, não se envergonhando nunca, seja na vida particular, seja na vida pública, de proceder como filho obediente e fiel de tão santa Mãe" (RC, 33).

II - VIDA ESPIRITUAL DA CONGREGAÇÃO MARIANA

A) Notas características da espiritualidade mariana 13. O centro da espiritualidade própria do Congregado Mariano é a busca permanente de viver a "radical novidade cristã que promana do Batismo" (CL, 10J, a qual leva o fiel à participação na vida divina pela Graça, à união pessoal com Cristo e com seu Corpo que é a Igreja e à vida espiritual marcada pela unção e ação interior do Espírito Santo (Ibid.). Sua primeira e fundamental vocação é a santificação pessoal através da oração e da vida sacramental, sobretudo da Eucaristia, da caridade apostólica e da prática das virtudes cristãs, dócil à ação interior do Espírito Santo que o leva ao seguimento e imitação de Jesus Cristo, vivo e atuante em sua Igreja (CL, 16). Mas tudo isso

 

conforme a índole secular própria de sua condição de fiel leigo, inserido nas realidades temporais e participando como cristão das atividades inerentes a seu estado de vida e trabalho social (CL, 17).

14. Esta espiritualidade do Congregado Mariano, comum a todo fiel leigo, se distingue pela marca mariana, uma vez que a Congregação Mariana "não somente assume o título da Bem-aventurada Virgem Maria, mas principalmente porque seus membros professam uma singular devoção à Mãe de Deus e a Ela se ligam por uma total consagração" (BS, 24). Assim, o seguimento de Cristo assume para o Congregado Mariano um incentivo e proteção, um modelo e uma dimensão eclesial que decorrem do amor e devoção especial à Virgem Maria. O sinal desta marca mariana é a Consagração a Nossa Senhora, "uma doação de si mesmo, realizada não por mera formalidade ou sentimento, mas expressão de uma intensidade de vida cristã e mariana, manifestação ''' de uma vida interior pujante, e se desdobra em obras exteriores de sólida devoção, de culto, de caridade e de zelo" (AL, 2).

15. A devoção mariana do Congregado Mariano não deve ser "uma piedade mesquinhamente interessada, que vê na poderosa Mãe de Deus somente a distribuidora de benefícios, sobretudo de ordem temporal, uma devoção de seguro repouso que não pensa senão em remover da própria vida a cruz dos trabalhos, lutas e sofrimentos. uma devoção sensível de doces consolações ou de meras manifestações de entusiasmo, uma devoção, por mais santa que possa parecer, exclusiva e mais preocupada com as desvantagens espirituais" (AL, 4). Deve ser, antes de tudo, uma consciência viva e atuante da condição de filho da Virgem Maria, um empenho em seguir e imitar seus exemplos de Fé, de Esperança e de Caridade, uma adesão fiel e amorosa ã Igreja de Cristo da qual a Virgem Maria antecipou o mistério da maternidade virginal, foi, em sua vida a figura que a precedeu na ordem da Fé, da Caridade e da perfeita união com Cristo (LG, 63) e, na Glória, antecipou-lhe a realização definitiva (LG, 59; RM, 6 e7).

16. Assim, o Congregado Mariano deve amar a Virgem Maria e n'Ela confiar como Mãe, agradecido a Cristo que, na cruz. lhe deu a própria Mãe por sua Mãe, criando entre a Virgem Maria e ele aquela relação única e irrepetível entre duas pessoas: de mãe para seu filho, de filho para sua Mãe" (RM,45). Filho da Virgem Maria, o Congregado Mariano há ter sempre presente que sua Mãe Santíssima, assunta ao céu em sua glória, pela luz que recebe da visão beatífica. o conhece distintamente em todas as circunstâncias da vida e, no mais íntimo de seus pensamentos, o ama e lhe manifesta a solicitude materna de seu Imaculado Coração de carne, rico de

 

sensibilidade humana e repleto do amor para com Deus, acompanhando-o, protegendo-o e guiando-o para o amor, a imitação e o serviço do Filho Divino.

17. Para o Congregado Mariano, a Virgem Maria deve ser o modelo "cuja peregrinação na fé representa um ponto de referência constante para a Igreja e cada pessoa" (RM, 6). Na Virgem Maria ele há de ver o modelo de fé e vida interior, de pureza imaculada, de docilidade à ação do Espírito Santo, de obediência à voz de Deus que A associou intimamente ao mistério da salvação realizada por seu Filho Divino, de humildade e generosidade no cumprimento da missão recebida de Deus, de ardente zelo missionário em levar o Filho Divino a todos que Deus colocou em seu caminho: João Batista, os pastores de Belém, os sábios do Oriente, os justos de Israel, os discípulos de Jesus nas bodas de Caná.

18. A Virgem Maria, no seu mistério e na sua vida, revela ao Congregado Mariano o próprio mistério da Igreja. Consagrado à Virgem Maria, ele se torna, de fato, um consagrado a Cristo e sua Igreja! Fiel a Ela, a sua doutrina e a seus Pastores, n'Ela encontrando a seiva da Graça divina pela vida sacramental e a oração no Corpo Místico de Cristo, se entrega feliz e devotado ao serviço da Igreja pelo trabalho apostólico em favor dos irmãos e dos que estão longe do rebanho de Cristo.

19. A espiritualidade mariana se realiza não somente nos atos de piedade próprios da devoção à Virgem Maria, mas exige do Congregado Mariano uma vida de oração pessoal, alimentada pela leitura da Sagrada Escritura e a meditação dos mistérios da vida de Cristo e de Maria, uma vida eucarística profunda, manifestada no amor a Cristo presente entre nós no Santíssimo Sacramento e na recepção frequente e, se possível, diária, da Sagrada Comunhão, uma docilidade interior à ação do Espírito Santo pela prática do exame de consciência diário e do discernimento espiritual, da oração de louvor de ação de graças, da abertura humilde às graças e dons com que este mesmo Espírito Santo se manifesta em sua vida, a exemplo da Virgem da Anunciação e do Magnificat.

Congregação Mariana N. Sra. Auxiliadora e São José


quarta-feira, 8 de outubro de 2025

N. Sra. Aparecida - Leitura Espiritual - Outubro 2025

 

Nossa Senhora da Conceição… Aparecida!

Você conhece Nossa Senhora Aparecida? Já ouviu a história de como ela “apareceu”? Sabe sua provável origem? E sabe quem é Ela?

Descobrimos que muitas pessoas, por diversos motivos, não têm respostas para todas estas questões. Fizemos uma breve pesquisa e apresentamos aqui um primeiro artigo sobre a Padroeira do Brasil!

“Quem é esta?”

A imagem aparecida no rio Paraíba do Sul é uma representação de Nossa Senhora da Conceição, ou Imaculada Conceição: uma das várias invocações de Nossa Senhora, a Virgem Imaculada, Mãe de Jesus e nossa.

Nossa Senhora da Conceição é geralmente representada de mãos postas, como vemos na imagem aparecida, feita de terracota. Análises feitas na imagem determinaram que a argila utilizada para sua confecção é da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.

Também se verificou que originalmente a imagem devia ser colorida, mas devido ao longo período em que esteve submersa nas águas do rio a policromia foi perdida.

À esquerda, a imagem original de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (com cordões de adorno) e à direita um quadro da Imaculada Conceição

A imagem original, seguindo o estilo da época, pode ter tido este aspecto (fonte: Facebook):

Possível policromia original da imagem de Nossa Senhora Aparecida, por Wellington Reis

Uma pesca milagrosa

Guaratinguetá preparava uma recepção para o Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida, militar português que governava a Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, em 1717.

Com a missão de conseguir muitos peixes para a comitiva do governador, três pescadores – Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves – rezaram à Virgem Mãe de Deus, pedindo sua intercessão nesse trabalho.

Três pescadores encontram a imagem (representação)

Tendo lançado as redes repetidas vezes sem sucesso, antes de desistir João Alves lançou-as mais uma vez. Não apanhou peixes, mas o corpo de uma imagem de Nossa Senhora, sem a cabeça. Emocionado, lançou as redes mais uma vez, desta vez trazendo à tona a cabeça da imagem, que se encaixava perfeitamente no corpo.

Lançadas as redes novamente, a pescaria foi abundante! Voltando a Guaratinguetá, os pescadores contaram tudo o que tinha acontecido e a população logo compreendeu a intervenção divina por trás dos fatos. Estes foram os primeiros milagres e o início da devoção a Nossa Senhora Aparecida.

De onde veio?

O fato de que a imagem tenha ido parar no rio Paraíba do Sul não é tão fora do normal: era costume que as imagens sacras de terracota, quando quebradas, fossem jogadas em rios ou então enterradas. O milagre está realmente em que suas partes tenham sido encontradas e reunidas da maneira que aconteceu neste caso.

Monumento a Frei Agostinho, em Santana do Parnaíba

As investigações sobre o estilo da imagem atribuem sua autoria ao Frei beneditino Agostinho de Jesus, que viveu no mosteiro de Santana do Parnaíba de 1645 a 1651. De fato, os mosteiros beneditinos sempre foram grandes propagadores da arte e da cultura, e no Brasil grandes difusores da escola artística de barro cozido, a arte bandeirante. O Frei Agostinho de Jesus  foi um dos precursores da chamada arte barroca colonial, destacando-se na produção de estatuária sacra em terracota. A maior parte de suas obras foi criada para as congregações beneditinas e são encontradas no Estado de São Paulo e no Rio de Janeiro. Acredita-se ainda que sua obra tenha inspirado o trabalho do mestre do barroco brasileiro, Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

A devoção

A imagem encontrada ficou na casa de Filipe Pedroso por 15 anos, onde amigos e vizinhos se encontravam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil afora. Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as luzes se apagavam e depois acendiam misteriosamente – o chamado “milagre das velas”.

Foi construído um pequeno oratório em Itaguaçu, que em pouco tempo já era pequeno para o grande número de fiéis que para lá acorria. O vigário de Guaratinguetá decidiu então construir uma capela no morro dos Coqueiros, cujas obras terminaram em julho de 1745. O filho de Filipe Pedroso ajudou a construir essa capela.

No dia 20 de abril de 1822, o imperador Dom Pedro I, juntamente com uma grande comitiva, visitou a capela para prestar homenagem a Nossa Senhora Aparecida, como já era conhecida.

Em 1834 foram iniciadas as obras da igreja que é conhecida hoje como Basílica Velha. Ela era bem maior que a capela e foi consagrada no dia 8 de dezembro do ano de 1888.

A coroa e o manto, presentes da Princesa Isabel

A Princesa Isabel com os filhos Luís, Pedro e Antônio

A Princesa Isabel desejava muito ter um filho, porém sofreu vários abortos. A primeira gestação que levou até os nove meses foi de uma menina que, infelizmente, nasceu morta, em um parto longo e doloroso.

Muito devota de Nossa Senhora Aparecida, a Princesa Isabel pedia sua intercessão para ter um filho que herdasse o trono. Em 1868, ofereceu à milagrosa Senhora um manto ricamente adornado. Em 1875 nasceu seu primeiro filho, Pedro. Nasceram depois Luís e Antônio.

Em 6 de novembro de 1884 a Princesa Isabel presenteou a imagem da Virgem Aparecida com uma bela coroa feita de ouro, enfeitada com rubis e diamantes, cumprindo promessa feita a Nossa Senhora na sua primeira peregrinação.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi coroada em 8 de setembro de 1904, entronizada com a coroa e o manto dados pela Princesa Isabel, símbolos de sua realeza e patrocínio. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do núncio apostólico, muitos bispos, o presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo.

Rainha e Padroeira do Brasil

O Papa Pio XI decretou Nossa Senhora da Conceição Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil no dia 16 de julho de 1930. A nova Basílica, cuja construção foi iniciada em 1955, foi consagrada por São João Paulo II em 1980, em sua primeira viagem ao Brasil.

A Lei Federal nº 6.802 (30/06/1980) decreta oficialmente o dia 12 de outubro como feriado nacional para culto público e oficial de Nossa Senhora Aparecida e a reconhece como sendo a padroeira do Brasil.

Por que 12 de outubro?

A festa de Nossa Senhora Aparecida já foi celebrada em diversas datas: dia da Imaculada Conceição (08/12); 5º domingo após a Páscoa; 1º domingo de maio (mês de Maria); 7 de setembro (Dia da Pátria).

A escolha do dia 12 de outubro foi feita na assembleia geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1953. Essa data teria sido escolhida por haver associação com a data do Descobrimento da América (12 de outubro de 1492).

Seja como for, de acordo com informações do Santuário a imagem aparecida foi encontrada em outubro de 1717, dando início a esta devoção tão querida ao povo brasileiro.

Bibliografia:

do site: TotusMariae

A Imagem - O documento da “Criação da Villa de Jacarehy” escrito por Jorge de Souza Pereira, Tabelião do Público Judicial e notas da Villa de Santa Anna das Cruzes de Mogy-Mirim, de 21 de Novembro de 1653, relata o motivo pelo qual Jacareí naquele momento histórico deixou de ser o povoado para se oficializar como “Villa” frente ao poder constituído representativo da “Real Coroa Portuguesa De Sua Magestade que Deos Guarde”.

Uma história muito interessante envolve a antiga Capela de N. Sra. da Conceição de Jacarehy. Segundo relatos dos mais antigos, onde hoje está a Igreja Matriz, do lado de trás havia um enorme brejo que era abastecido pelos rios locais. Nesses rios habitava um monstro que devorava crianças e animais e assustava os habitantes do pequeno povoado. Então, para apaziguar a fera, as pessoas acreditavam que se jogassem a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do povoado, esta espantaria o assombro. Foi aí que um padre da antiga Capela criou coragem e arremessou a imagem da Santa no brejo. 

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Jacareí, São Paulo. Foi construída por volta de 1654, passou por varias reformas arquitetônicas nos Séculos XVIII e XIX. Conservou essa denominação do Dogma da Imaculada Conceição pelo Papa Pio IX em 1854.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Papa Leão XIV recebe a Fita de Congregado Mariano!

 No último dia 04 de Setembro, o Santo Padre Papa Leão XIV recebeu após a audiência pública na Praça São Pedro a Comitiva da Confederação Nacional das Congregações Marianas.

Juntamente com o Cardeal Dom Raymundo Damasceno, Padre Silvanei, o Presidente da Confederação Sr. Orlando entregou ao Papa a Fita de Congregado Mariano!

Momento único e muito emocionante para a História das Congregações Marianas!

Viva o Santo Padre!

Viva Cristo!







Fotos Confederação Nacional 



segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Festa das Dores de Maria Santíssima


Sumário. Ó! Como aprouve a Deus glorificar já nesta terra as dores da Santíssima Virgem! Primeiro deu-lhe assim ocasião para patentear as suas belas virtudes, e especialmente a sua caridade para com Deus e o próximo. Em segundo lugar fê-la merecer o título glorioso de Rainha dos Mártires. Finalmente, foi pelas suas dores que Maria se tornou Mãe de todos os fiéis e Co-redentora do gênero humano. Se nos quisermos mostrar seus dignos filhos, alegremo-nos com a nossa boa Mãe e esforcemo-nos por a imitarmos, carregando com paciência as nossas cruzes. Assim virá também para nós o dia em que seremos glorificados com ela no céu.

I. Consideremos o modo admirável de que o Senhor glorificou já nesta terra à Santíssima Virgem, por se ter associado voluntariamente à Paixão do seu divino Filho. Primeiro, forneceu-lhe assim a ocasião para patentear ao mundo as suas sublimes virtudes, especialmente a sua ardente caridade para com Deus e o próximo. Com efeito, sendo o sofrer pela pessoa amada a prova mais patente do amor, e tendo Maria sofrido mais do que outro qualquer, pelo amor de Jesus Cristo e dos homens, provou igualmente que mais do que nenhum outro amava estes dois objetos tão caros ao seu Coração.

Em segundo lugar, em recompensa pelo martírio indizível que a Virgem sofreu no Coração, comunicou-lhe Deus o título glorioso de Rainha dos Mártires; assim como deu a seu Filho o título de Rei das Dores, em recompensa dos tormentos inexprimíveis sofridos no corpo.

Finalmente, assim como Jesus Cristo se tornou o nosso Redentor, por nos ter remido da escravidão do demônio pelos merecimentos da sua Paixão, também Maria, porque uniu voluntariamente as suas penas com as do Filho, e pelos merecimentos das suas dores, coadjuvou a causa da nossa salvação, tornou-se Co-redentora do gênero humano. É exatamente o que Jesus Cristo declarou do alto da cruz, depositando nas mãos dela, como diz São Bernardo, todo o preço da Redenção, e proclamando-a Mãe de todos os fiéis na pessoa de João:

Mulier, ecce filius tuus (1) — “Mulher, eis aí teu filho”.

Também nós temos a dita de ser filhos desta grande Mãe; e por isso, alegremo-nos com ela pela glorificação das suas dores e sejamos-lhe sempre devotos, reconhecendo-a como criatura mais abrasada em amor e como verdadeira Rainha dos Mártires e Co-redentora do mundo.

II. Sendo esta terra um lugar de merecimentos, é chamada com razão vale de lágrimas; pois que todos somos destinados a sofrer. O merecimento, porém, não consiste somente em sofrermos, mas em sofrermos com paciência e conformidade com a vontade divina. São João viu todos os santos com palmas, símbolo do martírio, nas mãos: Vidi turbam magnam… et palmae in manibus eorum (2). Desta forma insinua que todos os adultos que venham a salvar- se, devem ser mártires, quer pelo sangue, quer pela paciência.

Nós também, como observa São Gregório, podemos, assim como a divina Mãe, ser mártires sem o ferro do algoz, praticando a virtude de paciência. Se, pois, oferecermos a Deus, pela conversão dos pecadores, as penas que forçosamente havemos de sofrer, e se sofrermos essas penas exatamente com a intenção de cooperarmos para esta conversão, então, na palavra de Pedro de Blois, seremos também de alguma sorte co-redentores.

Como fruto desta meditação, abracemos com resignação e pelo amor de Deus todas as tribulações que nos possam vir durante o dia, especialmente as enfermidades, as perseguições, as injúrias, os desprezos. E quando sentirmos o peso das cruzes, olhemos para a Rainha dos Mártires, e pensando na sua glorificação, digamos: Padecemos com Maria para também sermos com Maria glorificados.

Ó Mãe das Dores, proponho imitar as vossas virtudes, e especialmente a vossa paciência; ajudai-me a ser-vos fiel.

“E Vós, o meu Jesus, sede me propício, e concedei-me a graça de experimentar o feliz efeito da vossa Paixão, na qual, como o havia profetizado Simeão, uma espada de dor traspassou a alma tão terna da gloriosa Virgem Maria, vossa Mãe, cujas dores celebramos e honramos” (3).

Referências:
(1) Jo 19, 26.
(2) Ap 7, 9.
(3) Or. festi.