segunda-feira, 4 de março de 2013

Quadragésima-Quinta Rosa


Rezam com reverência

Gostaria de acrescentar que o Rosário deve ser rezado reverentemente, ou seja, rezá-lo, o quanto for possível, ajoelhado, com as mãos juntas com o rosário entre elas. Porém, se as pessoas estiverem doentes, elas podem certamente rezá-lo na cama ou se estiverem de viagem pode-se rezá-lo de pé e se uma enfermidade impede que se reze de joelhos, pode-se rezá-lo assentado ou em pé. O Rosário pode até ser rezado no trabalho, se as tarefas diárias os obriga a ficar no trabalho, porque o trabalho das mãos não é de forma alguma obstáculo à oração vocal.
Certamente que nossa alma, por ter suas limitações, quando estamos concentrados em um trabalho manual, não podemos dar nossa atenção total às coisas do espírito, tais como na oração. Mas quando não podemos fazer de outra maneira, este tipo de oração tem seu valor aos olhos de Nossa Senhora e ela recompensará nossa boa vontade, mais do que às ações externas.
Eu aconselho a você dividir o Rosário em três partes e rezar cada Terço com seus mistérios em partes separadas do dia. Trata-se de uma maneira bem melhor do que rezar as quinze dezenas todas de uma vez.
Se você não tem tempo para rezar um Terço de uma só vez, reze-o pausadamente, uma dezena aqui outra lá. Tenho certeza que você conseguirá; e desta maneira, apesar de seu trabalho e todas as obrigações de sua vida, você rezará o Rosário completo antes de ir se recolher.
São Francisco de Sales dá um bom exemplo de fidelidade a este respeito: certa noite, quando estava bastante exausto das visitas feitas durante o dia, lembrou-se, perto de meia-noite, que ainda faltavam algumas dezenas para serem rezadas, decidiu-se não deitar enquanto não tivesse terminado todas de joelho, não obstante as recomendações de seu secretário, que viu seu cansaço e implorou a ele que deixasse o resto das orações para serem rezadas na manhã seguinte.
Recomendo a você de imitar a fidelidade, a reverência e a devoção daquele santo religioso, que mencionado nas Crônicas de São Francisco, e que sempre tinha rezado seu Rosário devotamente e reverentemente antes do jantar. (Já lhe contei este incidente anteriormente neste livro, Sétima Rosa, Coroa de Rosas.)

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