Afirmava o Pe. Sacchini: – No ano em que estamos neste momento envolvidos [1563] um Pio Sodalício havia começado entre os alunos de João Leunis, um Mestre belga, que lecionava entre os alunos da classe mais baixa, ou seja, aqueles que estavam iniciando os estudos. Acima destes, vinham os alunos da Retórica, contados entre os das classes mais altas.
Assim, os membros das classes mais baixas que tinham um desejo especial para unir a piedade com os estudos literários começaram a se encontrar todos os dias, em seus horários de folga, em uma das salas de aula. Onde, tinham um altar lindamente decorado. Todos empenhados em oração por algum tempo, a partir de uma leitura de um livro de piedade que possuíam. Aos domingos e feriados, eles cantavam as Vésperas na forma regular eclesiástica com canto moderado. Essa foi à origem das Congregações Marianas que, mais tarde, irão se dedicar à Virgem Maria, em particular, e formados de acordo com regras estabelecidas, irão se espalhar por todo o mundo para o bem da juventude e outros.
Em 1566, havia 935 alunos no Collégio Romano. Neste ano, ou seja, três anos após a criação do sodalício (congregação mariana), cerca de 250 alunos já haviam participado deste grupo criado pelo Pe. Leunis. Tendo em conta que os alunos nesse período no Colégio terminavam as classes mais baixas, já com 16 anos de idade, parece provável que os primeiros membros da Congregação foram amplamente meninos entre as idades de 9 e 16 anos.
Agora, o grupo da Congregação não é perfeitamente mantido nos primeiros anos, mas “cerca de 70” dos congregados que tinham sido membros no primeiro ano, se mantiveram firmes. A lista inicial contém nomes de 51 congregados. No entanto, mais 28 nomes, foram acrescentados. E estes parecem ser a primeira admissão de membros, da congregação mariana, que ocorreu no ano de 1564.
O primeiro prefeito (presidente) foi o Marquês de Tibério Massimi, quatro vezes prefeito. Entre os primeiros membros, registramos os alunos Marian, mais tarde Cardeal, Pierbenedetti e Celso, mais tarde Bispo, Paci, os dois foram prefeitos em 1575. Também nessa lista constam Otávio Accoramboni e Guarnerius Trotti, ambos se tornaram bispos, e Fabius Fábios, que mais tarde, ocupou cargos importantes na Sociedade de Jesus, exceto o generalato, os alunos Croce Luís, João Francisco Contardo, Hipólito Voglia e Hannibal Terzi, se tornaram sacerdotes jesuítas. Outros 13, entraram no clero diocesano, mas deve-se afirmar que o Collegio Romano não era um colégio para estudantes clericais. Balthasar Vergari tornou-se um médico e os três membros da família Pamphili, como os restantes 48 congregados pioneiros, mantiveram-se no mundo todas as suas vidas.
O então diretor, padre Prosper Malavolta, escreveu ao Secretário da Companhia de Jesus em 14 julho de 1564, o seguinte: “Como já fiz menção da piedade de nossos alunos, vou acrescentar que uma boa parte deles, especialmente das classes mais baixas, fundaram uma sociedade e quero coloca-los sob o patrocínio da Virgem. Possuem um regra, que é de se confessarem em cada semana e participarem da comunhão geral no primeiro domingo de cada mês. Eles participam das missas diariamente, e recitam orações a Nossa Senhora. Após as aulas, que terminam no final da tarde, eles se reúnem em uma capela que eles têm no Colégio e de joelhos meditam por uma hora e meia, em seguida, refletem sobre o que fizeram naquele dia. Na Capela do mesmo, mas mais magnificamente adornado, eles cantam, nos dias de festa, a Missa e Vésperas com um tipo agradável de música, ouvem sermões e fazem visitas aos pobres e visitam as relíquias dos santos para ganhar as indulgências“.
No início cerca de 70 alunos, todos meninos, entraram para a Congregação. Para garantir o sucesso, sob o favor de Deus, um dos Padres do Colégio esteve à frente da Congregação por todo tempo. Eles elegem um prefeito (presidente) entre os membros com maior conhecimento e mais velho. Seu primeiro dever é escolher 12 chefes de divisão e dar-lhes encargos, tantos quanto forem necessários a Congregação, para evitar, na medida do possível, qualquer conduta indigna ou negligência nos estudos.
Eduardo Caridade
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