terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quarta Rosa - Bem-aventurado Alano de la Roche


Todas as coisas, até mesmo as mais santas, estão sujeitas a mudanças, especialmente quando elas dependem do livre arbítrio do homem. Não há, pois, porque estranhar que a Confraria do Santo Rosário tenha mantido seu primeiro fervor por um século desde sua instituição por São Domingos. Após este período, parecia ter sido enterrada e esquecida.
Sem dúvida, também a maldade e inveja do diabo foi largamente responsável em fazer com que as pessoas negligenciassem o Santo Rosário, e assim bloquearam as fontes das graças de DEUS que esta devoção atrai ao Mundo. Assim, em 1349 DEUS puniu a Europa inteira e lhe enviou a mais terrível peste que jamais fora conhecida em qualquer de suas terras. Iniciou-se no leste e se espalhou através da Itália, Alemanha, França, Polônia e Hungria, trazendo desolação por onde chegou, pois entre 100 homens dificilmente um sobreviveu para contar o que acontecera. Cidades, vilas, arraiais e mosteiros ficaram quase que completamente desolados durante os três anos que a epidemia durou.

Este castigo de DEUS fora rapidamente seguido por mais dois outros: a heresia dos Flagelantes e um trágico cisma no ano de 1376. Mais tarde, quando estas calamidades cessaram, pela misericórdia de DEUS, Nossa
Senhora pediu ao Bem-aventurado Alano que reavivasse a antiga Confraria do Santíssimo Rosário. O Bem-aventurado Alano era um Padre Dominicano do Mosteiro de Dinán, na Bretanha. Ele era um célebre teólogo e famoso por seus sermões. Nossa Senhora o escolheu, porque, desde que a Confraria tinha sido originalmente criada nesta província, era-lhe adequado que um Dominicano da mesma província tivesse a honra de a restabelecer.
O Bem-aventurado Alano iniciou seu nobre trabalho em 1460 após ter recebido os conselhos especiais de Nossa Senhora. Depois ele recebeu a urgente mensagem de Nosso SENHOR, tal qual ele mesmo nos conta. Um dia quando estava celebrando a Missa, Nosso SENHOR, que queria motivá-lo a pregar o Santo Rosário, lhe disse na Sagrada Hóstia: Como podes Me crucificar novamente tão depressa?
Como assim, SENHOR? – Perguntou o Bem-aventurado, horrorizado.
Respondeu JESUS: “Tu já Me crucificastes uma vez por teus pecados, e Eu de minha vontade seria crucificado novamente aos invés de ver MEU PAI ofendido pelos pecados que tu cometestes. Tu estás a Me crucificar de novo agora porque tens todo o conhecimento e compreensão de que precisas para pregar o Rosário de Minha Mãe, mas não estás a fazê-lo.

Se tu o tivesses feito, terias ensinado a muitas almas o caminho certo e os teria tirado do pecado, mas não estás a fazê-lo e tu mesmo és culpado dos pecados que eles cometem”. Esta terrível reprovação fez com que o Bem-aventurado Alano se dedicasse a pregar o Rosário intensamente.
A Santíssima Virgem lhe disse também um dia a fim de o inspirar a pregar o Santo Rosário mais e mais: “Tu fostes um grande pecador na juventude, mas eu obtive de meu FILHO a graça da tua conversão. Se fosse possível, gostaria eu de ter passado por todos os tipos de sofrimentos a fim de salvar-te, pois a conversão dos pecadores é uma glória para mim. E eu pedi, também, que tu fosses digno de pregar o Rosário por toda a parte.” São Domingos também apareceu ao Bem-aventurado Alano e disse-lhe dos grandes resultados de seu apostolado; ele havia pregado o Santo Rosário incessantemente, seus sermões tinha tido grande fruto e muitas pessoas se converteram durante suas missões. Ele disse ao Bem-aventurado Alano: “Vede os maravilhosos resultados que tive ao pregar o Santo Rosário! Tu e aqueles que amam Nossa Senhora devem fazem o mesmo, por meio do santo exercício do Rosário, atraireis todos à verdadeira ciência das virtudes.”

Isto é, em resumo, o que a história nos ensina a cerca do estabelecimento do Santo Rosário por São Domingos e sua restauração pelo Bem aventurado Alano de la Roche.


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