Texto retirado da Página: Carpintaria Católica
- Dos perigos que acabam com o apostolado -

Há algo muito valioso e delicado na missão de coordenar uma pastoral: é servir ajudando outros a servir.Mas, infelizmente, às vezes confundimos coordenação com posse.
E quando isso acontece, o que era para ser serviço se torna domínio.
Existem coordenadores que, com o tempo, passam a agir como donos dos grupos.
Impondo suas ideias, sufocando iniciativas, decidindo sozinhos — como se os outros fossem apenas peças num jogo já definido.
Outros se agarram à coordenação com medo de perder o controle.
Dizem que “não tem ninguém preparado”, mas, na verdade, não dão espaço para que alguém possa se preparar.
E quando não há renovação, o grupo para de respirar.
A esperança se cansa, o ânimo esfria, e o que antes era vida comunitária se torna um ambiente pesado, fechado em si mesmo.
O mais triste é que esse tipo de postura também cansa e isola o próprio coordenador.
Ele se vê sozinho, sobrecarregado, e começa a carregar um fardo que nunca foi seu para carregar sozinho.
Um coordenador de verdade não levanta paredes.
Ele abre caminhos.
Não sufoca o grupo com sua presença, mas o faz florescer com seu serviço.
Ser coordenador é ajudar cada membro a crescer, a encontrar seu lugar, a caminhar com liberdade e corresponsabilidade.
É colaborar com o padre, e não substituí-lo.
É liderar com humildade, e não com autoritarismo.
Os grupos são da Igreja.
São do povo de Deus.
E nenhum de nós é dono daquilo que nos foi confiado apenas por um tempo.
Que possamos aprender a servir com leveza
e a deixar com alegria aquilo que um dia nos foi entregue com confiança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os comentários serão analisados antes de serem publicados.